Quem derrama o vinho
não é quem lava a toalha branca
de linho,
Quem derrama o vinho
não é quem se comove
com o pássaro longe do seu ninho.
Quem derrama o vinho
não é quem procura a imortalidade
no promíscuo caminho.
Quem derrama o vinho
é quem se atreve, (mesmo que o torpor seja breve),
sentir mamilos duros, rubros, brancos, rosas,
- agora diluídos - se entregando ao sangue que o aquece.
Marilene Garcia/ do livro : MORDENDO A LÍNGUA
O vinho que entumece os seios é o mesmo que libertou a mente mais primitiva, resvalando por barbas grossas ou lábios finos de deusas, vinho rubro suave, um poema acantar. Este comentário te saúda grande dama da poesia,um beijo. Barret.
ResponderExcluirObrigada BARRET/ O pensamento nasce antes da verbalização e às vêzes nos cega e não dizemos, escrevemos ,tudo o que queríamos. E e neste processode invensão e reinvenção que nos descobrimos, nos desnudamos e nos oferecemos. Abraços
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