segunda-feira, 12 de julho de 2010

MALVADEZA

Eu te domo e tu me tomas,
eu te laço e tu me enlaças,
eu me escondo , atrás da porta,
tu, plantas a nossa horta,
eu , vestida de cetim,
tu, adubando de estrume,
nosso jardim.
Me entrego na tirania,
te perdes na ventania,
me tisno em banhos de sol,
roças lavoura e ao redor,
me trazes todo o sustento,
sem me cobrar o alimento,
me lambes velhas feridas,
sem indagar- em qual briga-
E eu,
eu juro que me indireito,
agarrada em teu peito
definitiva prometo:
-"Se Deus quiser,eu não saio mais da linha",
( aí então, Deus não quer).-

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