quarta-feira, 14 de julho de 2010

DA ESPERA

Busquei resgatar saudades,
nos passos, onde andejei,
nos espaços fiz morada
dentro deles me embretei.
Alvorotando canhadas
que nem em sonhos eu ví
mas em todas encontrando
vestígios vindo de tí
.Aguardo tua chegada
para trocarmos carinhos
aqueles desperdiçados
e estes, que estão sozinhos.
Cabresteando recuerdos
sou, qual potro em sentinela,
no corpo a espera queimando,
e o resto, tatuado nela.
Encilho minha paixão
prá gavalgares com ela,
a minha febre é alada,
neste manancial de espera,
e se engatilho o prazer
no momento da chegada
ao alvejar o teu corpo
vão ouvir tiros, na estrada.

Do livro XIRUA/1984

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