Despida de insignias
aguardo a sina que me traduz,
bastarda nem tanto,
afago a tara que me seduz
sem lei, sem rei, sem esporte,
bastarda na sorte
Do místico me ocupo,
no útero escuto,
coral de senões,
e é só nos verões
que saio da raia,
ou quando, núa e crua,
despida, na praia,
aguardo a sentença
de corpo fechado,
e nem me preocupa
se o pacto feito
é com Deus ou com o Diabo.-
Marilene Garcia em : NUA E CRUA
Nenhum comentário:
Postar um comentário