quarta-feira, 14 de julho de 2010

EM TORRES/ AGORA DE CIMENTO

Despida de insignias
aguardo a sina que me traduz,
bastarda nem tanto,
afago a tara que me seduz
sem lei, sem rei, sem esporte,
bastarda na sorte

Do místico me ocupo,
no útero escuto,
coral de senões,
e é só nos verões
que saio da raia,
ou quando, núa e crua,
despida, na praia,
aguardo a sentença
de corpo fechado,
e nem me preocupa
se o pacto feito
é com Deus ou com o Diabo.-

Marilene Garcia em : NUA E CRUA

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